A UEPB possui oito campi, assim distribuídos:
o
Campus I – Campina Grande;
o
Campus II – Lagoa Seca;
o
Campus III – Guarabira;
o
Campus IV – Catolé do Rocha;
o
Campus V – João Pessoa;
o
Campus VI – Monteiro;
o
Campus VII – Patos;
o
Campus VIII – Araruna.
Um total de 46 cursos de graduação e 2 de nível
técnico. Dos cursos de graduação, 25 são no Campus I, 1 no Campus II, 5 no
Campus III, 2 no Campus IV, 3 no Campus V, 3 no Campus VI, 4 no CampusVII e 3
no CampusVIII. Dos cursos técnicos, 1 no Campus II e outro no Campus IV.
Os cursos de graduação e técnicos da Universidade
Estadual da Paraíba são de responsabilidade da Pró-reitoria de Ensino de
Graduação, que supervisiona e coordena suas atividades, dinamizadas, sobretudo,
através do Projeto Pedagógico que centraliza a questão curricular.
Histórico
URNe: Pioneirismo dos campinenses
Investido das
funções de prefeito constitucional, o advogado , criando a Universidade
Regional do Nordeste, cuja mantenedora seria a Fundação Universidade Regional
do Nordeste. A primeira reunião do Conselho Universitário ocorreu em 13 de
abril daquele ano, com o objetivo de eleger o presidente da FURNe.
Dessa reunião
participaram Williams de Souza Arruda, Francisco Chaves Brasileiro, Edvaldo de
Souza do Ó, Manuel Figueiredo e José Lopes de Andrade, além do professor
Francisco Maia, na condição de diretor da Faculdade de Filosofia, a mais antiga
das faculdades que passaram a integrar a URNe.
Por
unanimidade, foi escolhido o nome do prefeito Williams Arruda para presidir a
Fundação e, ao mesmo tempo, exercer o cargo de primeiro reitor. Tratava-se,
evidentemente, de um reconhecimento, de uma honra ao mérito, apesar de ser
quase impossível ao então prefeito assumir a direção superior da Universidade,
face à responsabilidade que pesava sobre os seus ombros.
Como
vice-reitor foi eleito o economista , que terminou assumindo a Reitoria, em
julho de 1966. Edvaldo exerceu o reitorado até 10 de abril de 1969,
quando se abateu sobre a URNe a fúria da intervenção federal, conseqüência do
golpe militar que já vigorava no país, desde 1964.
Em 1969, fruto
da ação realizadora de Edvaldo do Ó e de um grupo de abnegados colaboradores, a
Universidade Regional do Nordeste, hoje UEPB, já era uma realidade
irreversível. Cabia aos que viriam em seguida, dar continuidade à obra iniciada
em 1966.
Estadualização:
Vitória da Comunidade Acadêmica
Acompanhados
pelas lideranças políticas, classistas e comunitárias, os representantes de
professores, estudantes e funcionários da URNe articularam uma vigorosa
mobilização que levou o Governo do Estado a promover a estadualização da
Universidade. Depois da criação e da autorização para que a URNe funcionasse, a
estadualização foi um fato de grande repercussão na história da Instituição.
De acordo com
o professor Luis Gonzaga Melo, ex-pró-reitor de Planejamento da UEPB,
apesar de todas as dificuldades, num primeiro momento, o que se pretendia, era
a federalização da URNe.
Enquanto os
dirigentes da URNe batalhavam pela absorção da área de Saúde pela UFPB ou
federalização pura e simples, não esqueciam que a estadualização poderia ser
mais um caminho para a Universidade Federal de Campina Grande. Em 1982, o então
reitor Vital do Rêgo, tentaria, sem êxito, a estadualização da URNe junto ao
governador Clóvis Bezerra, sucessor, no cargo, do professor Tarcísio Burity.
Posteriormente,
os reitores Luiz Ribeiro, Sérgio Dantas e Guilherme Cruz buscaram a mesma
solução, mas não obtiveram êxito em suas tentativas junto ao Governo do Estado.
O reitor Guilherme Cruz chegou a apresentar, em 1985, a proposta para que o
Governo do Estado colaborasse com 50% do orçamento da URNe. Mais uma tentativa
infrutífera.
Foi no
primeiro reitorado do professor Sebastião Guimarães Vieira, que a Lei nº 4.977,
de 11 de outubro de 1987, sancionada pelo então governador Tarcísio Burity,
transformou a deficitária URNe em Universidade Estadual da Paraíba. A partir de
então, novos caminhos se descortinaram para a UEPB.
A assinatura
da lei foi o coroamento da mobilização envolvendo as entidades dos professores,
funcionários e alunos, lideranças políticas e entidades de classe.
Reconhecimento
pelo MEC
O
reconhecimento pelo Conselho Nacional de Educação do MEC pode ser encarado como
um dos importantes fatos da história da Universidade Estadual da Paraíba. O
reconhecimento veio, exatamente, quando a UEPB celebrava os 30 anos de criação
daquela que lhe deu origem, a Universidade Regional do Nordeste.
Em primeiro de
novembro de 1996, nove anos depois da estadualização da URNe, a UEPB já era uma
cristalina realidade, com mais de 11 mil alunos, 890 professores e 691
servidores técnico-administrativos; atuando em 26 cursos de graduação, vários
cursos de especialização, dois cursos de mestrado; além de duas escolas
agrotécnicas, reunindo quase 400 alunos.
No final do
segundo reitorado do professor Itan Pereira da Silva, o ato de reconhecimento
foi assinado em Campina Grande pelo então ministro da Educação, Paulo Renato
Souza, ex-reitor da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp.
Com a
assinatura do Decreto de reconhecimento pelo então presidente Fernando Henrique
Cardoso, a UEPB passou à condição de Instituição de Ensino Superior consolidada
e definitiva, cujos méritos foram reconhecidos pela instância governamental
responsável pelo ensino em todo o país.
As
providências objetivando o reconhecimento da Universidade Estadual da Paraíba
começaram, de fato, dois anos antes, em 1994, quando o então reitor Itan
Pereira encaminhou ao Conselho Federal de Educação, transformado depois em
Conselho Nacional de Educação, toda a documentação da UEPB. Era o início da
fase decisiva da tramitação do processo.
Do trabalho
executado, resultou um relatório, que serviu para instruir a análise do
processo de reconhecimento da UEPB pelo Conselho Federal de Educação.
Autonomia
Financeira: um marco na história da UEPB
O Século 21
chegou e com ele o coroamento do processo de consolidação da Universidade
Estadual da Paraíba, representado pela expansão e pela conquista da
Autonomia Financeira da Instituição. Com a Autonomia concedida através da Lei n° 7.643,
de 6 de agosto de 2004, sancionada pelo governador Cássio Cunha Lima, a UEPB
inaugurou uma nova fase em sua história. (Ver DiárioOficial)
Para todas as
lideranças envolvidas na luta por esta conquista, a Autonomia Financeira
representou uma vitória do ensino público e gratuito. Com a Autonomia, a
Universidade Estadual da Paraíba, por direcionar sua ação a quase todos os
municípios, pode fazer muito mais pelo Estado, desde que o fluxo de
recursos seja suficiente.
Com os devidos
recursos financeiros para desenvolver as suas ações nas áreas de ensino,
pesquisa e extensão, a UEPB pode contribuir de forma decisiva para as
soluções dos graves problemas que assolam a Paraíba, entre eles, os setores
educacional e saúde. Para o professor José Cristóvão de Andrade, presidente da
Associação dos Docentes da UEPB, a entidade empreendeu ingentes esforços para a
unificação do pensamento de todos os segmentos da comunidade universitária para
maior compreensão da Autonomia Financeira e maior consciência do papel da
Universidade Pública.
Com sua
Autonomia, a UEPB tem condições de expandir-se e melhorar a qualidade do
ensino de graduação, investir na pós-graduação e nas atividades de pesquisa e
extensão. Isso é possível, desde que o aporte de recursos feito pelo Governo do
Estado acompanhe o crescimento das receitas.
Mas, apesar da
Lei concedendo a Autonomia da UEPB só ter sido, de fato, sancionada em 2005, a
luta pela Autonomia não é recente. Há nove anos, o então governador Ronaldo
Cunha Lima, assinava, antes de deixar o cargo para disputar uma vaga ao Senado,
o decreto que concedia a autonomia didático-científica, administrativa e de
gestão financeira da Universidade Estadual da Paraíba, sonho acalentado por
muitas universidades públicas do país.
E, ainda:
investimentos em infra-estrutura; aquisição de novos equipamentos e materiais;
reformulação de laboratórios; ampliação de bolsas para estudantes de iniciação
científica; além de bolsas de doutorado para professores da UEPB no Brasil e no
exterior.