O
descobrimento da região hoje formada pelos Estados do Amazonas e Pará foi de
responsabilidade do espanhol Francisco de Orelhana. A viagem foi descrita
apontando as belezas e possíveis riquezas do local, com os fatos e atos mais
prováveis de chamar a atenção da coroa espanhola. Durante essa expedição
(ocorrida à época 1541-42), os espanhóis teriam encontrado as mulheres amazonas
guerreiras, sobre as quais há muita fantasia, mitos e folclores.
Após tantas
aventuras e descobertas, a região acabou ficando abandonada e caiu no
esquecimento, até que os frades Domingos de Brieba e André Toledo, realizando
uma nova descida para o rio Amazonas, alcançassem Belém do Pará, despertando o
interesse de outros capitães portugueses. Quem assumiu a empreitada foi Pedro
Teixeira, um dos maiores matadores de índios daqueles tempos, mesmo depois de a
Câmara Municipal de Belém do Pará ter se manifestado contra a saída dos
soldados.
A viagem com
destino aos confins da Amazônia é feita em 1637, arrastando mais de 2 mil
índios e tomando posse da região de Paianino a 16 de agosto de 1639. Desse modo
foi justificada a expedição da Carta Régia, que criaria a capitania do Cabo do
Norte, em 1637, por Felipe IV da Espanha.
Todo o gasto
empreendido pela expedição, no entanto, não era suficiente para salvar a
Amazônia daquele tempo do abandono, principalmente o espaço físico enorme que
ia da foz do rio Amazonas à província de Quito e dos altiplanos guianenses à
Bacia do Mamoré – Guaporé.
A
Capital
A capital do
Amazonas foi, talvez, a cidade que mais conheceu a riqueza, os encantos e o
glamour do primeiro mundo no Brasil, somando a seus rios e florestas o ouro e a
sofisticação importadas da Europa.
Localizada à
margem esquerda do rio Negro, Manaus teve origem em um pequeno arraial formado
em torno da fortaleza de São José do Rio Negro, criada para guarnecer a região
de possíveis investidas dos inimigos, em 1669. Erguida a base de pedra e barro,
sem fosso e quadrangular, a construção foi chamada de Forte de São João da
Barra do Rio Negro e ficava a três léguas da foz do rio. Durante 114 anos, o
forte manteve suas atividades de defesa da região.
O arraial foi
fundado em 1669, passando a ser o Lugar da Barra e tornando-se sede da
capitania de São José do Rio Negro (ano de 1758). No princípio do século XIX,
em 1833, foi elevado à categoria de vila com o nome de Manaós, em homenagem à
tribo de mesma denominação que se recusava a ser dominada pelos portugueses e
negava ser mão-de-obra escrava (para militares e religiosos). Quando recebeu o
título de cidade em 24 de outubro de 1848, era um pequeno aglomerado urbano,
com cerca de 3 mil habitantes, uma praça, 16 ruas e quase 250 casas.
O apogeu da
capital do Amazonas aconteceu com o “achado”, por parte dos estrangeiros:
o látex. Apoiada na revolução financeira e econômica proporcionada pela
borracha, a antiga Manaus foi a cidade mais rica do País por muito tempo,
conforme relata o escritor amazonense Márcio Souza em “Uma Breve História do
Amazonas”. A “metrópole da borracha” tem início em 1900. Nessa época, o
crescimento e desenvolvimento da capital acontecem com traços culturais,
políticos e econômicos herdados dos portugueses, espanhóis e franceses. A
riqueza do latéx proporcionou uma reviravolta estrutural, implantando serviço
de transporte coletivo de bondes elétricos, sistema de telefonia, eletricidade
e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios de
diversas bandeiras e tamanhos.
Depois da
borracha veio a Zona Franca de Manaus. A cidade ganhou um comércio de
importados e depois um pólo industrial onde se concentram centenas de fábricas.
Com a ZFM a capital voltou a experimentar um súbito crescimento demográfico: a
população passa de 200 mil habitantes na década de 60, para 900 mil nos anos 80
e, finalmente, 1,5 milhão em 2002, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O parque
industrial de Manaus hoje abriga mais de 400 empresas mundialmente conhecidas
que geram mais de 50 mil empregos diretos; 350 mil indiretos, somente na cidade
de Manaus e outros 20 mil nos demais Estados da região. Atualmente, o volume de
capital gerado pela ZFM é superior a US$ 10 bilhões.
Fonte de Reprodução: Portal do Governo. Conheça o Amazonas: Wikipédia