A Universidade do Estado do
Amazonas (UEA), instituída pela Lei N.º 2.637, de 12 de janeiro determinou um
novo futuro para milhares de amazonenses da capital e dos 61 municípios do
interior. Em apenas 10 anos de existência mais de 25 mil pessoas tiveram acesso
ao ensino superior de qualidade nas mais diversas áreas do conhecimento e em
comunidades onde, até pouco tempo atrás, pensar em cursar uma universidade não
passava de um sonho.
Ao iniciar suas
atividades, a UEA instalou-se fisicamente na capital e em dois municípios do
interior do Estado. Na capital, através das Escolas de Ensino Superior que
atuam cada uma em uma dada grande área do conhecimento, a saber: Escola
Superior de Ciências da Saúde; Escola Superior de Ciências Sociais; Escola
Superior de Tecnologia; Escola Superior de Artes e Turismo; Escola Normal
Superior. No interior, a UEA instalou-se fisicamente através dos Centros de
Estudos Superiores e dos Núcleos. Os Centros de Ensino Superiores atuam em
diversas áreas do saber, como se lá onde estão instalados, fossem uma miniUEA.
Os primeiros centros implantados foram: o Centro de Estudos Superiores de
Parintins e o Centro de Estudos Superiores de Tefé. Posteriormente, foram
implantados os Centros de Estudos Superiores de Itacoatiara, Tabatinga, Lábrea
e São Gabriel da Cachoeira. Nos Centros e Escolas Superiores os cursos são de
oferta regular . As Escolas e Centros tem corpo docente, infraestrutura física
e de equipamentos próprios. Já os núcleos de Estudos Superiores são
mini-estruturas físicas que suportam os cursos de graduação não regulares
(oferta especial). Atualmente a UEA dispõe de 11 núcleos de ensino superior.
Instituída em janeiro de
2001, sua primeira ação foi realizar o concurso vestibular para 1.930 vagas em
12 cursos distribuídos na capital e em dois municípios do interior (Tefé e
Parintins). Destas vagas, 880 foram disponibilizadas para as Unidades do
interior do estado. Participaram deste certame cerca de 180.000 candidatos. Já
no certame do ano seguinte este número cresceu para cerca de 230.000
candidatos. Desde a sua implantação, todos os vestibulares são realizados em
todos os municípios do interior do estado.
As atividades
acadêmicas iniciaram no segundo semestre de 2001, com a aula inaugural sendo
realizada em 03 de agosto de 2001. Esse dia vai ficar marcado na memória
daqueles que preencheram as 1930 vagas iniciais, pioneiros num projeto de
Educação marcado pelo pioneirismo.
Atualmente são 43 cursos de
graduação que, distribuídos em 57 municípios, constituem uma oferta total de
223 cursos para uma comunidade de 22.562 estudantes matriculados, 13.395 no
interior e 9.167 na capital.
Em 2006, já havia 5
mestrados e 2 doutorados na estrutura da Universidade, primeira instituição de
ensino superior do Amazonas a oferecer um curso de Doutorado na área de
Medicina e, em associação com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), a primeira do Brasil a criar um Programa de Pós-Graduação na área de
Clima e Ambiente em 2007. Em 2011 a UEA conta com sete cursos de mestrado e
dois doutorados.
A realidade mudou e
o Amazonas também está mudando apoiado por uma política de governo pautada no
respeito ao direito de todo amazonense ao acesso à educação, à ciência e à
tecnologia e às oportunidades geradas por essa combinação que tem posicionado a
UEA entre as universidades com melhor desempenho na região Norte.
Os avanços na
tecnologia da informação e da comunicação ajudaram a UEA a vencer as distâncias
geográficas e as dificuldades de comunicação e de acesso a comunidades cujo
trajeto pode exigir vários dias de viagem de barco num estado que ocupa 18% do
território nacional. Uma área com um milhão e meio de quilômetros quadrados de
florestas cortadas por alguns dos maiores rios do mundo. Do exposto verifica-se
que levar ensino superior de qualidade para todo o Amazonas, constitui-se em um
grande desafio.
Esse desafio
começou a ser vencido a partir do desenvolvimento de uma inovadora modalidade
de ensino, pautado no que de melhor existe de tecnologia de informação e
comunicação de modo a possibilitar a transmissão de aulas via satélite dos
estúdios da UEA, em Manaus, para estudantes de qualquer comunidade amazonense
em tempo real, com a mesma qualidade de áudio e vídeo para todos os locais
atendidos. Foi com essa modalidade de ensino, denominada de Ensino Presencial
Mediado pela Tecnologia que a UEA venceu as distâncias e as dificuldades de
logística, características da região amazônica, e que graduou em uma década
cerca de 16.000 acadêmicos no interior do Estado. A UEA conectou o Amazonas ao
futuro e transformou o estado numa grande sala de aula.
No dia 30 de junho
de 2005, a UEA formou sua primeira turma, cujo ensino ministrado foi presencial
mediado por tecnologia, com 7.150 graduados no curso Normal Superior no
Programa de Formação de Professores (Proformar), um projeto vencedor do prêmio
Objetivos do Milênio e apontado pela Unesco como modelo a ser seguido por
outros países.
Pela primeira vez
na história, uma solenidade de colação de grau aconteceu, simultaneamente, nos
61 municípios do interior, com abertura transmitida ao vivo, via satélite, a
partir do prédio da Reitoria, em Manaus.
Moradores de todas
as cidades amazonenses cantaram juntos o Hino Nacional Brasileiro.
Hoje, a
Universidade do Estado do Amazonas é uma das mais importantes ferramentas de
desenvolvimento da região apoiada no princípio de que a Educação é o caminho
mais seguro para o crescimento econômico e social sustentável.
Em 10 anos, foram
graduados mais de 20 mil professores, representando 83% dos formados pela
Universidade, fato determinante para o crescimento nos índices positivos de
desempenho escolar de estudantes amazonenses avaliados pelo Ministério da
Educação nos últimos anos. Professores com formação de qualidade têm melhores
condições de preparar alunos com maior rendimento educacional e essa matemática
tem sido aplicada em todos os cursos ofertados nos 62 municípios, sejam eles no
sistema presencial, presencial mediado por tecnologia ou no sistema modular.
A qualidade do
ensino é prioridade para a Universidade do Estado do Amazonas.
A UEA está, assim,
contribuindo para estimular a permanência dos jovens no interior motivados pela
geração de oportunidades de trabalho e renda com a criação de novos negócios
numa espécie de engrenagem que já começa a revelar seus impactos no
desenvolvimento econômico do Amazonas e na construção de novas histórias de
vida para os amazonenses.